Publicação: 04 de fevereiro de 2024
Na última semana, foi grande a repercussão de um áudio vazado do presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco diminuindo e menosprezando a governadora Raquel Lyra.
A violência política de alguns homens que ainda guardam vivida a misoginia é comum.
A política infelizmente ainda é um território arriscado para as mulheres, menos julgadas por sua atuação e mais pelo gênero. A representatividade política feminina não é apenas baixa numericamente, há todo um trabalho consciente para diminuí-la também qualitativamente.
Esse preconceito não é apenas oriundo dos homens. Cricielle Muniz, militante petista que se arvora dos títulos de mulher e negra, praticou grosseira violência contra a prefeita Paula Azevedo em evento de anúncio de transformação de uma escola em um IEMA.
Excluindo a prefeita da mesa de autoridades e chamando um pré-candidato para compor o dispositivo, deixando a alcaide em pé assistindo, proferiu inúmeras inverdades, inclusive de que a ação era resultado de um pedido de Fred Campos.
O abuso de poder político que pode afetar gravemente os direitos do supramencionado postulante ao cargo de prefeito só é menor do que a pequenez e a mesquinharia política de uma pouco polida militante que é Cricielle.
O ato, que teve uma péssima repercussão, demonstra que certas pautas identitárias vivem nas bandeiras de certas pessoas como mera alegoria destinada à caça de apoiadores, não como um ideal de vida.
Em Paço do Lumiar e no mundo político, o ataque a Paula Azevedo a colocou na posição de Davi contra Golias, esse que ficou representado infelizmente pela figura feminina de Cricielle Muniz, que não se sabe até que medida executou uma ordem dos poderosos leões da Praça Dom Pedro II.
Trajada de Golias dos gigantes detentores do poder, Cricielle Muniz saiu nanica frente ao público com o qual costuma se identificar. Vai precisar gastar muito da humildade que não possui para espanar as cinzas do preconceito que esbanjou em Paço do Lumiar.