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CRISE BANCARIA NO PAIS FOI DESENCADEADA: APERTEM OS CINTOS, TEM UM LOUCO NO PODER.

Todos os passos para se chegar à carta pública assinada por banqueiros, economistas e empresários pedindo ação enérgica do governo de Jair Bolsonaro para o controle da pandemia do novo coronavírus foram demarcados com cuidado. Os que assinaram o documento sabem o tamanho da repercussão que ele ganhou e o impacto político que terá.

A preocupação é com o país, não com Bolsonaro, ele ja está perdido.

Ao Blog, um dos banqueiros diz que não havia mais como se eximirem diante da gravidade da situação, com número recorde de mortes diárias — mais de 2 mil — e colapso do sistema de saúde em praticamente todos os estados e no Distrito Federal. “Estamos no limite. Não dá mais para ficar calado”, afirma.

 

No entender do banqueiro, “todos os que assinaram a carta, banqueiros ou não, o fizeram para expressar uma legítima preocupação com o gravíssimo momento de piora do quadro da pandemia”. E enfatiza: “É um grito de muitos que estavam até agora em silêncio”. O Palácio do Planalto viu a carta com muita irritação.

O objetivo ao tornar o documento público — mais de 500 pessoas de renome assinam a carta — é mostrar que a sociedade está assustada e exige providências. Se alguém hoje precisar de um hospital, seja público, seja privado, não haverá atendimento, pois todos os leitos estão lotados. O risco de se morrer na fila de espera aumentou muito.

 

Ação do governo deve ser rápida

 

Para todos que assinaram a carta pública, o governo federal precisa agir rapidamente. Se não houver vacinação em massa rapidamente, o número de mortes pela covid-19 aumentará substancialmente e o Brasil tende a mergulhar numa profunda recessão, com mais desemprego e aumento da pobreza.

 

“Estamos no limiar de uma fase explosiva da pandemia e é fundamental que a partir de agora as políticas públicas sejam alicerçadas em dados, informações confiáveis e evidência científica. Não há mais tempo para perder em debates estéreis e notícias falsas. Precisamos nos guiar pelas experiências bem-sucedidas, por ações de baixo custo e alto impacto, por iniciativas que possam reverter de fato a situação sem precedentes que o país vive”, assinalam, na carta.

Sem citar Bolsonaro, ressaltam: “O desdenho à ciência, o apelo a tratamentos sem evidência de eficácia, o estímulo à aglomeração e o flerte com o movimento antivacina, caracterizou a liderança política maior no país. Essa postura reforça normas antissociais, dificulta a adesão da população a comportamentos responsáveis, amplia o número de infectados e de óbitos, aumenta custos que o país incorre”. Neste domingo (21/03), o presidente da República voltou a atacar medidas restritivas para conter a disseminação do novo coronavírus em festa na porta do Palácio da Alvorada em comemoração a seu aniversário.

 

Nos cálculos dos economistas, “a consequente redução da atividade pela demora em adotar políticas públicas mais adequadas custou uma perda tributária de R$ 58 bilhões só no âmbito federal, enquanto o atraso da vacinação irá custar R$ 131,4 bilhões aos cofres públicos em 2021 em termos de produto ou renda não gerada e supondo uma recuperação retardatária em dois trimestres”.

O manifesto público se encerra de forma contundente: “O país pode se sair melhor se perseguimos uma agenda responsável. O país tem pressa; o país quer seriedade com a coisa pública; o país está cansado de ideias fora do lugar, palavras inconsequentes, ações erradas ou tardias. O Brasil exige respeito”.

Fonte: blog do Vicente

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